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Lançamento do Instituto de Gestores e Executivos de Tributos apresentou reflexões sobre o ambiente tributário empresarial no Brasil

 

Tiago Rios Coster, Augusto Flores e Heron Charneski

Buscando mais espaço para aprimorar discussões, troca de conhecimento e aprofundamento dos temas que impactam diretamente o cenário da gestão tributária nas empresas, foi lançado em Porto Alegre/RS o IGET (Instituto de Gestores e Executivos de Tributos). Idealizado pelo escritório Charneski Advogados, o Instituto não tem fins lucrativos, nem presta serviços jurídicos. Seu propósito é ser um “think tank” de gestão tributária e oferecer um ambiente colaborativo, onde todos os participantes possam se beneficiar do compartilhamento de ideias, experiências e melhores práticas. E, desta forma, contribuir para o desenvolvimento conjunto do conhecimento tributário, com profissionais gabaritados e de destaque em suas respectivas atuações.

É voltado a um público específico, de gestores executivos de médias e grandes empresas, que têm a responsabilidade de liderar e de tomar decisões sobre assuntos tributários. Conforme destaca Heron Charneski, advogado e contador, fundador do IGET, periodicamente o Instituto convidará e receberá palestrantes do Brasil e do exterior, que, de forma online, possibilitando abranger a todos os associados, explanarão e trarão suas expertises dentro dos temas que envolvem as questões tributárias do País, como é o caso, neste momento, da reforma tributária, que tramita no Senado Federal.

O evento de lançamento do Instituto contou também com a presença do vice-presidente de Gestão Tributária da Volvo para a América do Sul, o contador, analista tributário e escritor Augusto Flores, que trouxe um pouco das reflexões e do futuro do cenário tributário que vive o Brasil. Ele observou que justamente pelo sistema tributário brasileiro ser injusto, o Brasil patina há anos em uma guerra fiscal, ambiente no qual imperam novos investimentos, fazendo com que importantes empresas, já atuantes no mercado, percam competitividade.

Também entre as reflexões trazidas por Flores, está a questão da carga tributária brasileira ser muito mais injusta do que alta, quando se compara com outros países da Europa ou Estados Unidos. ”Nossa carga tributária é muito mais mal distribuída do que alta, pelo fato de termos um sistema regressivo. Precisamos ter mais imposto de renda do que imposto de consumo, além de que deveríamos desonerar a folha de pagamento”, afirmou. Ele também abordou sobre o custo da gestão fiscal no País, mostrando que o Brasil tem os maiores departamentos tributários do mundo. Assim, observou o executivo, quando se fala isso para o investidor estrangeiro, é inacreditável.

Na ocasião, o advogado Tiago Rios Coster, sócio do Charneski Advogados e integrante do IGET, falou ainda sobre os impactos da reforma tributária em discussão no Senado Federal. Ele comentou a respeito das principais mudanças, enfatizando o IVA (Imposto sobre Valor Agregado) dual. Ele também enfatizou um dos principais itens para que a reforma seja realmente eficiente: a não cumulatividade plena - crédito sobre todas as operações nas quais o contribuinte seja adquirente de bens, materiais e imateriais, inclusive direitos, e serviços, à exceção de gastos pessoais.

Fonte: Dixon, em 27.10.2023
Foto: Fabio Martins