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Ministro da CGU destaca a importância da auditoria interna para a melhoria dos serviços prestados à população

Wagner Rosário participou, nesta terça (17), do 39º Congresso Brasileiro de Auditoria Interna. Evento reúne especialistas para debater compliance, gestão de riscos, inteligência artificial e combate à corrupção

 

Wagner Rosário destacou os benefícios financeiros decorrentes da atividade de auditoria interna governamental - Foto: IIA Brasil / Lucas Ninno

Na manhã dessa terça-feira (17), o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, defendeu, durante participação no 39º Congresso Brasileiro de Auditoria Interna, em Florianópolis (SC), a importância da auditoria interna governamental no alcance dos objetivos do estado brasileiro. “Ao melhorar a governança e a gestão de riscos, a auditoria interna torna os gastos públicos mais eficientes, além de gerar valor e fortalecer a capacidade das instituições em entregar serviços de qualidade aos cidadãos".

O ministro destacou os benefícios financeiros decorrentes da atividade de auditoria interna governamental. Segundo ele, a economia efetiva aos cofres públicos nos últimos seis anos, entre 2012 e 2018, é de R$ 29,8 bilhões, alcançados com a diminuição de desperdícios, o aumento da eficiência e o retorno de recursos aplicados de forma indevida. A suspensão de benefícios que vinham sendo pagos de forma incorreta e a otimização de gastos com licitações são exemplos do resultado da atuação da auditoria interna.

Rosário também falou sobre a auditoria interna governamental como ferramenta de apoio à gestão. Nesse sentido, ele destacou o trabalho preventivo que vem sendo realizado pela CGU para identificação de riscos e consequente indicação de recomendações para evitar gastos desnecessários por parte do poder público. O ministro citou como exemplo o uso, pela Controladoria, do sistema Alice, que utiliza técnicas de mineração de textos para identificar irregularidades em editais de licitação e pregões eletrônicos.

O resultado do uso do Alice gera informações estratégicas que subsidiam o cancelamento de pregões desnecessários ou com indícios de fraudes, bem como pode promover ajustes nos valores e quantidades estimadas nos processos licitatórios. Segundo Rosário, este ano, até o mês de agosto, 15 pregões foram cancelados ou suspensos na administração pública com base em auditorias realizadas pela Controladoria a partir de informações fornecidas pelo sistema. O potencial prejuízo financeiro evitado com a interrupção dessas licitações foi de R$ 812 milhões.

O ministro apresentou ainda as trilhas de auditoria de pessoal, ferramenta usada pela CGU para possibilitar a coleta de evidências por dados pré-existentes – como o cruzamento de informações das bases de dados da Previdência Social e do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE) – que demonstram situações de inconsistências cadastrais ou de pagamentos que se revelam incompatíveis com o ordenamento legal.

Entre outras iniciativas da CGU, Rosário também falou sobre análise automatizada das prestações de conta em transferências voluntárias da União, atuação no fortalecimento da governança no processo de desestatização e estímulo ao ambiente íntegro de negócios como resposta sustentável para o combate à corrupção.

O Conbrai

O 39º Congresso Brasileiro de Auditoria Interna (Conbrai), evento organizado pelo Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA), reúne especialistas e autoridades nacionais e internacionais para debater sobre compliance, gestão de riscos, inteligência artificial e data analytics, responsabilização de pessoas jurídicas, entre outros temas correlatos.

Este ano, o Congresso, realizado em Florianópolis (SC) entre os dias 15 e 17 de setembro, trouxe como tema central a Tecnologia e a Inovação para Auditoria Interna. Mais informações em: https://iiabrasil.org.br/conbrai/

Fonte: CGU, em 18.09.2019