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CVM condena administradora de fundos por falta de setor de compliance

Fernando Opitz, ex-presidente da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, também foi condenado no processo

Por Guilherme Pimenta

O colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) condenou, por unanimidade, a administradora de fundos Um Investimentos e seu diretor responsável, Fernando Opitz, por diversas irregularidades que giram em torno da falta de um setor estruturado de compliance na empresa.

Enquanto a Um terá de pagar R$ 470 mil de multa, ao diretor foi imposta pena de R$ 235 mil.

Na última terça-feira (23/10), o tribunal da autarquia analisou a acusação formulada pela Superintendência de Relações com Investidores Institucionais (SIN). O processo administrativo sancionador foi instaurado depois de a Superintendência de Fiscalização Externa (SFI) encontrar problemas na corretora que remontam desde 2012.

Segundo a área técnica, a Um Investimentos não dava a devida atenção a possíveis conflitos de interesses e apresentou falhas no setor de controles internos.

A corretora não teria apresentado à CVM nem sua metodologia de ordens de negociação de ativos nem uma política escrita sobre o monitoramento e mensuração permanente dos riscos inerentes a cada uma das carteiras dos fundos administrados. Além disso, inexistia uma política escrita de gestão de risco de liquidez dos fundos por ela administrados.

Segundo a apuração da CVM, a Um Investimentos também não contava com uma segregação física de instalação entre as áreas responsáveis por diferentes atividades, já que o diretor responsável pelas atividades de administração e gestão de fundos “ocupava uma sala separada por uma simples divisória, sem controle de acesso, em local próximo à mesa de operações da instituição”.

Para a fiscalização, simplesmente não havia “segregação física de instalações entre áreas responsáveis por diferentes atividades prestadas relativas ao mercado de capitais, ou definição clara e precisa de práticas que assegurem o bom uso de instalações, equipamentos e arquivos comuns a mais de um setor da empresa”.

Leia o texto na íntegra

Fonte: Jota, em 25.10.2018.