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Artigos e Notícias

Ministro da CGU participa do Congresso Brasileiro de Auditoria Interna

Wagner Rosário expôs o uso da tecnologia da informação para combate a fraudes relacionadas à pandemia de coronavírus

Rosário afirmou que todos foram pegos de surpresa com a pandemia e, diante do cenário, a CGU precisou utilizar a tecnologia da informação

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, participou nesta terça-feira (10/11) da 40ª edição do Congresso Brasileiro de Auditoria Interna (Conbrai), que tem como tema “Auditoria interna em um mundo disruptivo”. O ministro proferiu palestra sobre as ações da CGU no combate às irregularidades usando tecnologia em momentos de pandemia.

Rosário afirmou que todos foram pegos de surpresa com a pandemia e, diante do cenário que se configurou, a CGU precisou utilizar a tecnologia da informação para dois objetivos básicos. Primeiro, a identificação de riscos de fraudes ou má utilização dos recursos públicos, já que a pandemia exigiria procedimentos que não são os adotados normalmente. Além disso, a CGU também atuou para ter uma resposta rápida para o controle dos recursos.

Wagner Rosário explicou que a CGU atuou principalmente nas áreas de ouvidoria, transparência, integridade, acordo de cooperação técnica, correição, combate à corrupção e acesso à informação. Ele citou como exemplo a criação de um canal específico na plataforma Fala.BR, para permitir ao cidadão ser mais atuante na função de controle social. As denúncias e manifestações recebidas trouxeram resultados e direcionaram as ações do governo. “A tecnologia da informação nos ajudou a filtrar essas informações para que pudéssemos direcionar os esforços”, afirmou o ministro.

No campo da transparência, o ministro destacou a criação de uma página específica para as ações da própria CGU no âmbito da pandemia, além de um painel de contratações relacionadas à covid-19, que gerou uma referência de preços para os itens mais comprados. A CGU também passou a divulgar todos os pagamentos feitos por meio do auxílio emergencial.

Outra iniciativa importante destacada por Rosário envolveu acordos de cooperação com outros órgãos. “Passamos a revisar praticamente todas as contratações do Ministério da Saúde, evitando riscos de fraude e corrupção no Governo Federal. Durante esse processo, verificamos empresas sem capacidade técnica, propostas com sobrepreço, contratações que não necessitavam ser feitas por regime emergencial”, informou.

Além disso, a CGU trabalhou com cruzamento das informações do Painel de Contratações e as bases de dados do governo, e os resultados foram entregues aos ministérios gestores. Segundo o ministro, por exemplo, em relação ao auxílio emergencial, foram verificadas pessoas que tinham renda incompatível com o programa; empresários que tinham empresas com vários funcionários cadastrados; beneficiários de outros programas assistenciais do governo etc. “O nosso acompanhamento junto aos gestores responsáveis permitiu uma economia de R$ 4 bilhões de recursos públicos”, explicou. Ele também ressaltou que o governo já contabiliza R$ 187 milhões devolvidos por pessoas que receberam indevidamente o auxílio.

Outra linha de atuação da CGU em relação ao monitoramento dos recursos empregados no combate à pandemia foi o trabalho conjunto com outros órgãos de defesa do estado, que gerou até o momento 41 operações especiais, com recursos envolvidos da ordem de R$ 1,18 bilhão e prejuízo estimado de R$ 124,3 milhões.

Cerca de 800 pessoas assistiram à palestra. Ao final, o ministro Wagner Rosário respondeu algumas perguntas da audiência.

Congresso

O Conbrai é realizado anualmente pelo Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil), associação profissional de fins não econômicos, que abrange as áreas pública e privada na prestação de serviços de formação, capacitação e certificação profissional para seus associados. Neste ano, o evento foi realizado em versão totalmente online.

O congresso teve três dias de programação (8 a 10/11), com palestras e debates sobre diversos temas ligados à atividade de auditoria interna.

Fonte: CGU, em 10.11.2020