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Abap apresenta guia de compliance para as agências de publicidade

Por Paulo Macedo

Projeto foi conduzido pela Fundação Dom Cabral com base em briefing que contemplou as especificidades do trade

Cada vez mais o mercado corporativo exige que seus fornecedores sigam as regras de compliance documentadas antes de assinarem compromissos de prestação de serviços. No mercado publicitário já há iniciativas em vigor. Por exemplo, a DPZ&T tem um CPO (Chief Compliance Officer), área conduzida por Tonico Pereira. A Bullet também estruturou um programa, assim como a nova/sb, que criou há quatro anos sua divisão. O coordenador atual é Otávio Venturini, com mandato de três anos. A agência também é a única de publicidade certificada com o selo Pró-Ética da CGU (Corregedoria-Geral da União). “Aliás, temos a companhia de apenas 23 empresas”, ressalta Bob Vieira da Costa, presidente da nova/sb.

Outras agências também já usam expediente do compliance que, na era da transparência e conformidade legal, se tornou inexorável. Mas para contribuir com o mercado, a Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) formalizou briefing para elencar as medidas de adequação que as agências poderiam adotar, afinal nem todas têm budget para contratar esse serviço. O projeto foi confiado à Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte, no início do primeiro semestre de 2018. O resultado é o guia Diretrizes de Compliance da Abap, cujo lançamento oficial ocorreu nesta segunda-feira (25) no auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

O evento contou com um painel sobre a realidade do compliance na DPZ&T e nova/sb. Os CPOs das duas agências participaram de um debate sobre as experiências da utilização desse código no ecossistema da publicidade, que tem faturamento anual com mídia e marketing promocional de aproximadamente R$ 190 milhões no país.

“Uma atividade como a publicidade, que gera tanta riqueza para seus clientes e milhões de empregos para a economia nacional, não pode correr riscos. Acreditamos que no curto prazo a implantação das Diretrizes de Compliance passe a ser exigida em todas as concorrências, sejam públicas ou privadas, a exemplo do que ocorre com as certidões negativas de débito. Boas práticas permitem que todas as agências se concentrem no core business de nossa atividade, que é a criatividade, planejamento etc.”, explicou Mario D’Andrea, presidente da Abap e da Dentsu Brasil.

Por que o compliance é um expediente para uma governança corporativa tranquila? Quem responde é Eduardo Simon, CEO da DPZ&T: “O compliance representa o exercício contínuo de aplicação dos códigos de ética e das leis anticorrupção e antitruste e, desta forma, fortalece a governança corporativa por orientar e fiscalizar a empresa, seus colaboradores e seus ecossistemas (fornecedores, setores de contratação etc.) para que respeitem as leis e os códigos éticos e de conduta próprios.”

Para baixar o documento, acesse este link.

Fonte: Propmark, em 25.03.2019